Eram 22:15 quando a May chegou em casa, o seu rosto apresentava um aspecto cansado, triste, um pouco desiludido, talvez!
Mas n?o era de se espantar, hoje era o dia de presta??o de honras aos pais falecidos de maio, os senhores Foxy ficaram morridos já há 3 meses devido a um acidente de carro. Sem vontade de fazer nada, a May subiu para o quarto acompanhado pelo senhor Kim!
–Tio Kim, por favor, pode me deixar um pouco sozinha, preciso descansar! Falou a May num tom triste, parecia que o mundo havia desabado sobre ela. Ver a May naquele estado doía também ao senhor Kim, afinal ele acompanhou todo o crescimento e o desenvolvimento de May. Olhando para May, o sr. Kim através de uma filha que nunca teve.
–Sim senhorita! –Respondeu o senhor Kim meio preocupado.
A May entra no seu quarto, prepara o seu banho, pega no seu vinho e entra no seu banho relaxante. Memórias com os seus pais apareceram em seus pensamentos, claramente ela sentiu falta dos seus pais.
O seu momento nostálgico é interrompido por um telefonema. O Kai estava ligando, normalmente ele n?o ligava pata May a altas horas, o que deixou a May mais preocupada.
–Boa noite, senhorita May! A voz de uma mulher se ouvia do outro lado da linha. –Desculpa, o senhor Clark está deitado e embriagado no nosso bar. –Acrescentou.
–Como? A May disse surpresa, pois n?o era o feitio do Kai beber até esse ponto.
–Estou indo para aí! Por favor, cuide dele para mim!
May sai as pressas, a orienta??o para contatá-la. Desde a tarde de hoje, o Kai n?o parecia estar muito bem. Parecia que algo estava lhe incomodando.
–Kai, alguma coisa está incomodando? Me parece muito quieto hoje. –Perguntou maio.
–Estou bem, acho que é apenas cansa?o, ontem tive que resolver alguns assuntos na empresa e dormi muito pouco. –Respondeu timidamente.
Dava para notar que algo estava acontecendo, mas a May preferiu n?o prolongar a conversa, também porque estava um pouco ocupado cuidando dos convidados.
15 minutos se passaram desde maio recebendo uma chamada.
–Boa noite senhora, me desculpe pela demora, fiz tudo que pude para chegar o mais rápido possível. A May ainda transmite um ar cansado e de alguém muito preocupado.
–N?o tem de quê se desculpar! Por favor, siga-me! O senhor Clark está na área VIP.
Subiram até a área VIP, a May quase n?o conseguiu conter as lágrimas por ver o estado em que o Kai se encontrava. Parecia que havia sofrido uma desilus?o amorosa. Mas como isso seria possível, o Kai nunca declarou que estava apaixonado por alguém, ele apenas teve alguns casos de pouco tempo.
–Por favor, senhora, há alguém que possa me ajudar a carregá-lo até o carro? A May falou entre lágrimas.
–Sim, vou pedir ajuda aos meus guardas.
A May levou Kai até um hotel próximo, ela se sentiu meio cansada para dirigir. Mesmo triste, a May teve que ser forte pelo Kai. Pode ajudar o Kai a se limpar para que você possa descansar melhor.
–O que aconteceu com você Kai? Por que eu fiquei t?o preocupado? – Censurou sozinha, acariciando o cabelo de Kai. Afinal a May tinha um amor secreto pelo Kai, o que fazia com que isso fosse mais.
–Por favor, n?o me deixe sozinho. Fique comigo! –A May estava meio confusa, mas mesmo assim disse que n?o ia deixar o Kai sozinho.
–Eu te amo, May! Fique comigo.
–Eu também te amo Kai e n?o irei para lugar nenhum.
–Acho que você n?o entende, eu n?o te amo do mesmo jeito que o seu. Há muito tempo eu deixei de te amar como minha irm? mais nova. – Confessou Kai.
N?o sei que tipo de sentimento a May experimentou naquele momento, mas antes que pudesse reagir, o Kai retire a May para um beijo. Acho que foi o melhor beijo deles, embora ainda a May n?o quisesse confessar seus sentimentos, primeiro porque n?o sabia se o Kai lembraria disso no dia seguinte e segundo porque de certa forma afetaria sua miss?o.
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Kai continua abra?ando May com muita for?a sem querer soltá-la.
–Kai por favor, pára! May falou com uma voz trêmula, com certeza ela já previa o que ia acontecer e tinha medo disso.
A May olhou para Kai e come?ou a lembrar de como tudo come?ou.
15 anos atrás
Já fazem 15 anos desde que conheci o Kai e o Pete. Nós viemos do mesmo orfanato.
O meu nome é May, eu acabei de perder minha m?e, ela era minha única família, minha amiga, sempre optou por me mostrar o lado bom do mundo, embora ela fosse uma dependência química. Sim, minha m?e foi viciada em drogas e foi isso que tirou ela de mim.
Nunca conheci meu pai e muito menos meus outros familiares, minha m?e nunca falou deles em nenhum momento, por isso tive que parar num orfanato.
Hoje é meu primeiro dia no orfanato, n?o sei se irei conseguir me adaptar a esse ambiente, minha m?e sempre foi tudo para mim.
–Aten??o a todos, deixe-me apresentar a recém-chegada. Está é em maio, ela fará parte da nossa família a partir de hoje.
–Falou a senhora do orfanato.
–Por favor, cuide muito bem dela, ajude-os a familiarizar-se e a conhecer o recinto. –Acrescentou.
Desde a morte da minha m?e, eu mal conversava com outras crian?as, tornei-me uma tímida e sem amigos.
Fui ao meu pátio, senti-me sozinha e comecei a chorar, memórias com a m?e apareceram, embora fosse dependente, minha m?e foi a pessoa que mais me ama neste mundo, com certeza sinto falta dela.
Parei de chorar com o som de uns passos vindos de trás em minha dire??o.
–Olá, posso me juntar a você? – A voz de um menino vinha de trás. Eu apenas consegui acenar com a cabe?a.
Muita coisa se passa pela minha casa, eu mal consigo assimilar as coisas ao meu redor. Parecia que o mundo havia virado às costas para mim.
–O meu nome é Pete e este é o Kai, meu irm?o mais novo. Você é a May, recém-chegada, n?o é?
Na verdade n?o queria conversar naquele momento, apenas queria mergulhar em meus pensamentos, n?o sabia se conseguiria me abrir para outras pessoas. No fundo eu tinha medo de me apegar aos outros e no fim perdê-los também.
Por outro lado, eu sabia que n?o poderia continuar deprimida daquele jeito, eu tinha que me familiarizar com as outras crian?as do orfanato, afinal os meninos diante de mim me deixaram indiferentes boas pessoas. Despertei dos meus pensamentos com o Pete me beliscando.
–Está tudo bem? –perguntou Pete meio preocupado.
–Sim, está tudo bem. Me desculpe, eu estava perdido em meus pensamentos. –respondi ao Pete.
–Eu sou maio. –Continuo.
O Pete e o Kai perderam os pais num acidente de viagem e, diferente de mim, nenhum dos familiares quis ficar com eles por isso acabou no orfanato. Logo cedo o Pete teve que contar com o Kai e possivelmente teria que contar com mim também.
Eu fui mais para a irm? mais nova dos dois.
–Irm?o, acho que agora deixarei de ser seu irm?o mais novo, agora teremos uma irm? mais nova. –falou Kai colocando nós dois à rir.
–N?o se preocupe, você sempre será o irm?o mais novo de Pete. –respondi entre risos. Aos poucos eu fui me sentindo muito à vontade na frente de Pete e Kai, senti que poderia contar com eles para tudo. Eles me davam apoio que eu mais precisava.
Pete e Kai foram muito simpáticos comigo durante nosso percurso pelo orfanato. Eu era de fato a irm? mais nova deles. O Pete sempre olhava para nós, sempre cuidava de nós e acima de tudo eles me tratavam como o seu tesouro.
Um ano e meio no orfanato conseguimos que f?ssemos adotados, mas o que machucava é que seríamos separados e talvez nunca nos reencontraríamos novamente.
–Tenho algo para você oferecer. –disse Pete! Aqui está May, aqui está Kai. Naquele momento, o Pete estava nos oferecendo algumas pulseiras. Eram três pulseiras iguais, com inicial de cada um.
–Eu fiz essas pulseiras especialmente para o dia como este. Para que estejamos conectados sempre. –Pete argumentou entre lágrimas.
–Kai, podemos trocar de pulseira? Pergunte entre solu??es. Eu havia me apegado muito ao Kai, nós éramos praticamente inseparáveis.
–Claro que sim. Quando sentir saudades meu basta apenas segurar firme no bracelete para sentir a minha presen?a.
–Por favor, cuide-se May, seja caloroso, respeitosa e acima de tudo seja destemida.
Como poderia ser ardente, destemida se este tempo todos os meus irm?os cuidaram de mim, nunca deixaram que eu me machucasse. Acho que quando chegasse esse dia, eu n?o suportaria a dor, sentiria falta das minhas m?os ainda mais.
–Serei quente e desencorajado. –prometo entre lágrimas. Pois sabia que talvez n?o conseguisse.
–Por favor, cuide de Kai por mim. Eu era muito apegado ao Kai, ao ponto de dizer que, caso a gente crescesse juntos, um seria o ponto fraco do outro.
Nos despedimos, Pete e Kai foram para a família Clark e eu fui para a família Foxy.
Mal sabíamos nós o que o futuro nos reservava.