Edit with the Docs app
Make tweaks, leave comments, and share with others to edit at the same time.
NO THANKSUSE THE APP
N?o há como cancelar volume 1 incompleto já postado
Capítulo 0: 100 anos depois.
A cidade de Sunny estava destruída; o que outrora era repleto de glória, agora, apenas restaram resquícios de constru??es e seletos prédios que conseguiram escapar do ataque de nier espiritual maligno.
Aparentemente com uma express?o de êxtase, um homem andava pelos escombros pisando no sangue e nos corpos espalhados por toda a área.
“Seu desgra?ado… filho da puta…!”
Disse uma mulher de dentro de uma barreira de Nier presa entre os escombros. Ela detém de uma beleza t?o etérea que qualquer um que a visse diria que ela era um anjo.
Infelizmente, a natureza das palavras proferidas por ela contradiziam com sua aparência. Ela saiu dos escombros, cambaleando, e continuou a proferir palavras de ódio contra o homem, que riu em respostas a tais ofensas.
“Você é uma mulher engra?ada; me atacam primeiro e eu que sou o filho da puta?”
“Mas… Ther… é diferente… é arriscado demais manter você vivo! Todo discípulo descendente do lorde dem?nio sempre veio a causar desgra?as no mundo inteiro ao longo da história! Como poderíamos manter você vivo?”
Ao ouvir isso, Ther simplesmente modelou Nier e cortou a perna de Core, que caiu no ch?o, gemendo de dor. Depois disso, ele olhou nos olhos dela, fazendo a mulher tremer de medo.
“Está me dizendo que… todas as suas a??es e as do seu povo foram baseadas em meras supersti??es? Algo me diz que até mesmo na sua concep??o, n?o estou t?o errado assim, pff.”
Core rangeu os dentes de raiva. Já fazia 30 anos que conheceu Ther. Apesar de reconhecer o poder dele e uma vez já ter considerado-o como um amigo, agora, eles já n?o eram nada mais do que inimigos.
é inevitável que se tornem inimigos; ela, uma descendente de deuses, e ele, um descendente da própria rainha dem?nio.
Core; nomeada assim por ser a herdeira do cl? principal mais poderoso de todo o planeta. Tal nome representando tudo o que sua família e linhagem representa para o mundo; os indivíduos que moviam o mundo com uma única decis?o, cujo poder poderia decidir o destino de cidades inteiras.
Esta é Core, a arrogante discípula da pureza e aquela que foi destinada à grandeza.
E em contrapartida, temos Ther; aquele que nasceu como um inválido; que inicialmente nem mesmo podia produzir e manipular Nier, e acima de tudo, filho de traidores que desertaram de uma guerra, agora, se tornou discípulo da rainha dem?nio.
O homem que uma vez foi conhecido como Un, a crian?a amaldi?oada, agora, de fato, se tornou uma maldi??o… n?o; ele se tornou uma calamidade.
Este é a calamidade Ther, conhecido como apóstolo da mentira e da destrui??o, e aquele que foi desonrado.
O nascido sem alma, o amaldi?oado discípulo da impureza, e aquele que foi destinado à miséria.
A única rela??o duradoura que Core e Ther poderiam ter era a de desprezo mútuo, ou a de ódio ardente.
“As vezes eu penso… que se eu tivesse nascido em um bom lugar, com uma boa estrutura e tivesse caminhando por passos honestos em um caminho moral, talvez o amor entre nós pudesse florescer, mas aparentemente, até mesmo nesse cenário, estávamos destinados a caminhar por caminhos ligeiramente diferentes.”
“Vai se fuder.”
Core o amaldi?oou. Ther riu; ele achou engra?ado o fato de Core tentar amaldi?oar alguém que já nasceu amaldi?oado, todavia, ele continuou seu discurso.
“O destino é algo engra?ado; estávamos destinados a nós encontramos, tornamos amigos e depois amantes, só para nos separar e nos reencontrarmos novamente como inimigos.”
“Se for para zombar de mim, ent?o me mata logo, porra!”
Ther suspirou; Core tentou matar Ther várias vezes, mas ele n?o guardou nenhuma mágoa; já esperava por isso a muito tempo (e até achava divertido). Todavia, hoje, ele iria dar o aviso final: aquela era a última vez que ele iria poupar Core. Se ela tentasse matá-lo de novo, ele simplesmente deceparia a cabe?a dela.
Ther só n?o matou Core até agora porque a morte de alguém como Core abalaria um país inteiro e ele se tornaria n?o apenas um inimigo continental, como também mundial. Entretanto, Ther considerou seriamente matá-la agora; até a paciência de alguém como ele tinha limites.
Em contraste com esses desejos, ele lembrou de outra pessoa.
“Será que… Chatte também seria assim caso estivesse viva?”
Ther riu do próprio murmúrio; alguém como Chatte, que tinha deficiência em Nier nunca conseguiria se tornar t?o forte e confiante quanto Core, alguém que nasceu em ber?o de ouro, e com uma linhagem de ouro. é injusto, mas é a verdade.
“Core.” Ele continuou. “C-o-r-e….”
“C-o-r-e M-o-o-n-l-i-g-h-t w-i-n-g-s”
Ther soletrou o nome completo de Core em um tom infantil e ir?nico, o que só enfureceu a mulher; tal ato claramente foi uma zombaria para com ela; o que Ther havia feito é a mesma coisa que comparar ela com uma crian?a que precisava aprender o alfabeto.
Ther permaneceu em silêncio por um tempo, e depois de 5 segundos, ele finalmente abriu a boca.
“2 vezes.” Ele continuou. “Você tentou me matar 2 vezes. Inicialmente, n?o revidei, porque a morte de alguém como você significaria que a família Moon Wings ficaria sem um lider, e uma família t?o poderosa como a sua família, do jeito conflituosa que ela é, iriam dividir este país de 8.510.417,771 km2 em 5 peda?os e lutaram entre si para adquirir toda a pizza, causando mais mortes e desgra?as, todavia, Core, minha paciência n?o é infinita; n?o haverá terceira vez. Qualquer tentativa contra minha vida irá terminar na sua morte.”
“Pff, Ther, se você me matar, será ca?ado pelo continente inteiro!”
“Core, apenas me responda algo: quem iria tentar me ca?ar enquanto tentar desesperadamente manter o próprio poder porque está sofrendo ataques contínuos de alguém que deseja suas terras?”
O semblante de Core escureceu.
“Entendeu agora, pequena Core?”
Em um gesto carinhoso, Ther acariciou o cabelo roxo de Core, e olhou em seus olhos verdes.
“Pequena Core, estou me esfor?ando ao máximo para que a profecia sobre eu destruir este continente n?o se cumpra. Agora, diga para mim: você entendeu?”
“Sim…. Sim.”
“ótimo!”
Ao ouvir isso, Ther sorriu satisfeito. Sua vida já era difícil por ser a mais forte das 5 calamidades, se esse continente fosse destruído, ele deixaria de ser apenas um inimigo continental e se tornaria um inimigo mundial.
Claro, ele n?o pode destruir um continente inteiro diretamente, todavia, ele podia destruir cidades importantes, capitais, matar pessoas das quais mantém a economia girando, envenenar a água, e manipular Nier e energia invertida para destruir planta??es inteiras e fazer esse país ter uma crise.
“Adeus, Core!”
Depois de se despedir, Ther saiu da cidade destruída, se desmarcou, ocultou e camuflou a própria mana e correu, pulando algumas por 5 horas até uma cidade qualquer… do outro lado do continente.
Ele era um mestre do disfarce, e era quase impossível encontrá-lo caso ele n?o usasse sua energia própria. Inclusive as únicas vezes que ele foi encontrado foi quando estava
“De fato, as decis?es da família Moon Wings podem decidir o destino de um continente inteiro.”
Ele riu. O resto do dia será longo.
***
Capítulo 1: sacrifico, mas n?o agora.
Um garoto que parecia n?o ter mais que 14 anos andava pelas ruas sujas . Apesar de ter uma aparência bonita, suas roupas s?o velhas e rasgadas, e seu semblante, solitário, triste, amargurado.
O nome daquele garoto é Un.
Ele entrou em uma loja qualquer. Um homem de meia idade sentado em uma cadeira atrás de um balc?o o olhou com desprezo.
“Saia daqui! Vai acabar afastando meus clientes!”
“Senhor, eu posso limpar qualquer lugar daqui em troca de um prato de comida.”
Un falou, seu corpo tremendo e a voz gaguejando, e o homem de meia idade, mal humorado, saiu de trás do balc?o e deu um tapa no garoto, que cambaleou, mas rapidamente recuperou o equilíbrio.
O homem acertou mais um tapa, e dessa vez, Un caiu no ch?o.
“Saia daqui antes que eu te espanque! Seu amaldi?oado! Você está pagando pelo pecado dos seus pais!”
Ele levantou rapidamente e saiu correndo da loja. Un continuou correndo até uma pra?a próxima da cidade, e se sentou em um banco.
Ele come?ou a refletir sobre a própria situa??o.
órf?o, sem dinheiro, sem perspectiva, preste a ser expulso de sua casa (se é que dá para chamar um casebre abandonado de casa) porque iriam fazer uma constru??o no lugar. E como se isso n?o bastasse, sua irm? mais nova de 7 anos está doente, e ele tinha que arranjar um emprego rápido para comprar um remédio ou uma erva medicinal para cura-la.
Mesmo em tenra idade, Un percebeu que ele era um ninguém, e como um ninguém,
Ele queria chorar, mas estava cansado demais para tal.
“Pirralho, saia da pra?a.”
Um guarda, coberto por uma armadura de Yoru. Sua presen?a por si só era imponente, e seu olhar, esmagador.
Mais uma vez, o guarda disse friamente.
“Saia daqui. Está faltando os turistas. Sabe, se for para mendigar, vá até as periferias, n?o aqui.”
“Ok.”
Apesar do guarda parecer que n?o iria fazer nenhum mal a Un, ele saiu por medo de ser agredido.
Agress?es e xingamentos sempre foram parte do cotidiano de Un. às vezes, ele se perguntava o porquê das pessoas o tratarem assim, mas ele sabe a resposta; ele e sua irm? nasceram como um dos filhos dos traidores.
Simplificando: houve uma guerra; o país de Jihie e Charlote disputaram para reivindicar a terra fertil de Will. Os pais de Un eram desertores. Assim que eles foram pegos, foram executados, e os seus bens, confiscados.
Além de ficar órf?o, Un ficou desamparado, mas isso n?o era o pior; ele nasceu como um portador de shiro; uma doen?a que impede a absor??o e cria??o de Nier, a energia espiritual, e a essência do céu e da terra do mundo de Inverted Hana.
Neste mundo, for?a é tudo, e Nier é o que determina se alguém será inteligente, forte, e se terá poder; inúmeros estudos científicos já provaram que Nier aumenta tanto a capacidade mental como a física.
Em um mundo assim, ser incapaz de manipular energia espiritual é a mesma coisa que ser um inválido. Quem iria contratar alguém assim quando existem concorrentes melhores?
Até o próprio nome ‘Un’ significava azar no idioma antigo de Nese. Originalmente, o nome de Un iria ser Sorte, mas após a execu??o de seus pais, ele passou a ter o apelido de “o descendente da desgra?a”.
Depois que uma senhora chamou-lhe de ‘un’ em uma brincadeira de mau gosto, ele passou a ser chamado assim desde ent?o.
Un saiu da área da cidade e foi até uma floresta. Lá, ele procurou por ervas medicinais. Mesmo sendo um dos filhos de um traidor e tendo Shiro, ninguém pode negar educa??o a Un; ao menos, ele aprendeu a ler, como toda crian?a, mesmo que n?o soubesse as regras gramaticais direito, muito menos conseguisse escrever apropriadamente. Todavia, isso n?o impediu Un de roubar um livro de ervas medicinais e estudar um pouco sobre e uma enciclopédia. Quando sua irm? ficou doente, ele instintivamente sabia a sua doen?a e a erva que ela precisava.
Sua irm?, Chatte, n?o era como ele; pode cultivar, criar e manipular Nier. Mesmo que n?o tenha talento e tenha deficiência em Nier, ela é esfor?ada e conseguiu alcan?ar um nível aceitável… ao menos para Un.
O sonho de Chatte era adentrar na academia Castelo de Lótus, e Un iria se esfor?a ao máximo para ajudar-la a tornar o sonho dela realidade.
Un andou pela floresta tomando cuidado para n?o encontrar nenhum animal perigoso. 2 horas se passaram, e ele ainda n?o encontrou a erva de Ter.
Un estava quase desistindo, até que viu uma erva branca ao longe. Ele se aproximou para verificar, e quando percebeu que finalmente achou a erva que tanto procurava, ele gritou de felicidade.
“Achei!!”
Un pisou sem querer em uma formiga. Ao olhar para o que restou dela, ele comparou a formiga consigo mesmo.
De fato, nesta sociedade, Un n?o era nada mais do que uma formiga destinada a ser pisada pelos outros, entretanto, ele n?o iria que isso acontecesse com a irm? dele.
Un direcionou a própria aten??o novamente para a erva, e foi até ela. Em contraste com sua alegria, Un ouviu um rugido alto. Quando ele olhou para trás, ele congelou de terror.
Um monstro com cabe?a de le?o, asas gigantes de águia, e com três caudas que tinham uma calda com uma cabe?a de cobra em cada estava diante de Un.
O monstro salivou, e Un tremeu.
Ele sabia dos riscos de adentrar na floresta sozinho, mas nunca pensou que pudesse encontrar um monstro deste nível de periculosidade, mesmo nesta floresta.
O monstro avan?ou.
Apesar de inicialmente ter congelado de terror, neste momento, Un n?o sentia absolutamente nada; ele apenas aceitou a própria morte e desejou que sua próxima reencarna??o tivesse uma vida menos pior do que a atual.
Quando o monstro estava há centímetros de morder Un, ele foi partido ao meio. O cadáver do monstro caiu em cima dele, melando-o de sangue.
“Garoto, n?o sei se chamo você de suicida ou apenas de estupido.”
Disse um homem que aparentava estar no início dos 40 anos. Sua constitui??o física era forte, mas ao mesmo tempo, magra. Seu olhar, firme, todavia, tingido de loucura.
Un saiu tirou o monstro de cima de si e levantou só para olhar para o homem e ser pego em um transe por causa de sua aparência estranha… ou exótica.
-’que homem assustador!’
A pele do homem era altamente bronzeada, maltratada pelo sol, e seus olhos pretos pareciam n?o ter luz nenhuma. Se alguém visse aquele homem, provavelmente pensaria que ele tinha esquizofrenia por ter uma express?o de loucura em seu rosto.
“O que aconteceu, garoto? Se cagou de medo, foi? Hahahaha.”
Un finalmente saiu do transe.
“Claro… claro que n?o.”
Un respondeu, gaguejando. Ele ficou envergonhado, mas rapidamente se recomp?s; n?o queria demonstrar tal sentimento a terceiros.
“... Uma boa ca?ada.”
O homem simplesmente ignorou Un e foi até o cadáver do monstro. Apesar de ficar irritado, Un n?o demonstrou; apenas pegou a erva e apenas saiu dali… ou sairia, se o homem n?o tivesse impedido ele.
“Garoto, qual o seu nome?”
“O.. o que?”
“Seu nome?!”
“Ah… Un.”
“ótimo, meu nome é Lei. Enfim, por que precisa desta erva?”
“Minha… minha irm? está doente! Ela… tem febre alta e…”
“Fluxos de Nier irregular, né?”
“ Como um amaldi?oado, você n?o deveria sentir o fluxo de Nier, logo, presumo que provavelmente alguém disse isso a esse garoto…” Lei murmurou.
“Enfim, ao menos sabe como preparar está planta? Sabe que precisa de outras plantas também para tratar fluxo irregular, n?o?”
Ao ouvir essas palavras, o cora??o de Un ficou pesado.
“Eu… eh…”
“Hahaha.”
O homem riu, tirou um saco de moedas do bolso e jogou no ch?o.
“Essas moedas devem ser o suficiente para contratar um médico e comprar algumas ervas. Todavia, n?o s?o de gra?a, garoto; eu estarei na pra?a rica as 10:30, ent?o me encontre lá amanh?! Preciso de um assistente.”
Mesmo que tenha dito isso, Lei n?o esperava que Un aparecesse na pra?a amanh?; ele apenas doou moedas para Un porque sentiu pena dele.
Apesar disso, caso Un aparecesse, ele de fato pretendia fazer dele um assistente. Mesmo que Un fosse um inválido em quest?o de Nier, ele podia ajudar-lo de alguma forma. Os portadores de Shiro n?o era inúteis; a sociedade que os faziam parecer serem inúteis.
Claro, é desonestidade negar que contra a concorrência, portadores de Shiro n?o s?o nada, afinal, Nier também melhora o intelecto de alguém, todavia, Un parecia ser alguém com uma inteligência acima da média, mesmo entre os manipuladores de Nier.
“Obrigado, senhor!”
Un pegou as moedas e saiu correndo para a cidade. Finalmente, sua irm? estaria a salvo! Ao menos, foi isso que ele pensou.
Ao passar pelas ruas dos bairros mais decentes e finalmente adentrar o bairro pobre do qual morava, e pisar em uma rua sem pavimento, Un foi parado por um grupo de garotos.
“Ent?o, como vai? Esqueceu de mim?”
***
Capítulo 2: Audácia.
***
— As pessoas de um mundo sádico tendem a serem sádicas.
***
grupo de 5 cercaram Un, que ficou com o semblante tingido de ódio; aquele garoto ja causou muitos problemas para Un; ele n?o conseguiu superar até hoje quando Carlos roubou algo de uma loja qualquer e quando procuraram o ladr?o,o Carlos afirmou ter visto Un roubar a loja.
é muito audácia!
“N?o tenho assuntos a tratar com você.”
“Isso é o que veremos. Pessoal, revistem ele!”
Un socou a mandíbula de Carlos e saiu correndo. Mesmo que ele n?o tivesse for?a o suficiente para derrubar um garoto manipulador de Nier que era 2 anos mais velho que ele, o soco ainda o deixaria atordoado por alguns instantes.
Carlos riu ao perceber que foi socado. ‘ele realmente acha que consegueria me vencer?’ ele pensou.
A principal raz?o pela qual Carlos fazia Bully com Un era pelo simples fato dele ser mais fraco que ele. Para Carlos, era como uma demonstra??o de poder.
Carlos n?o sabia disso, mas tal comportamento é fruto de sua pobreza moral, intelectual, e financeira. No fundo, ele é só mais um pirralho com o autoestima baixo tentando provar para si mesmo que n?o era uma formiga neste mundo.
A unica diferen?a entre Un e Carlos é que Un n?o pode nem mesmo ser considerado um operário, já Carlos é uma tanajura; grande, irritante, a picada dói, mas no final, irá ser esmagada do mesmo jeito que uma formiga comum.
“Vamos atrás dele.”
Os garotos correram. N?o demorou muito para alcan?arem Un e o cercarem.
“Espanquem ele!”
Violência caiu sobre o corpo ‘aben?oado’ de Un. Ele se encolheu e tentou proteger a cabe?a com as m?os. Ele sentia muito dor, mas aguentou.
Os garotos revistaram Un e pegaram a bolsa de moedas.
“N?o!”
“E o que você pode fazer? Hahaha.”
Un levantou; por mais que estivesse com muito dor e provavelmente alguns ossos quebrados, sua raiva superou em muito a sua dor física.
Un tentou atacar Carlos, mas um dos seus “pequenos subordinados” o empurrou, e ele rolou no ch?o.
“Em grupo é fácil, bando de covarde.”
“N?o é como se houvesse muita diferen?a entre eu lutar com você em grupo ou sozinho; você vai apanha do mesmo jeito.”
Carlos zombou. Tecnicamente, o que ele disse era verdade; a quest?o é que se apenas ele bater em Un, apenas ele se divertiria; humilhar Un era um prazer que Carlos queria compartilhar com os seus amigos.
“Por que você n?o luta comigo, no mano a mano?”
Carlos olhou para Un, e ponderou sobre qual resposta deveria dar aquilo.
“Está com medo?”
“Pff, corteja a morte é o seu novo hábito! Muito bem, garotos, se afastem, eu cuido do lixo!”
O grupo se afastou, e Carlos foi até Un.
“Como sou misericordioso, eu vou deixa você me bater primeiro!”
Un socou o queixo de Carlos com toda a sua for?a. Depois, tentou socar pela segunda vez, mas Carlos segurou a sua mao. Apesar de Carlos ter ficado um pouco tonto, ele n?o teve nenhum dano grave e rapidamente se recompor.
“Agora, é minha vez!”
Carlos agarrou Un pelo bra?o, o ergueu e o jogou contra a parede de uma cada. Un bateu a cabe?a na parede de pedra, e entrou em um estado de confus?o; como se estivesse entre a vida e a morte.
Carlos riu ao ver a cabe?a de Un sangrando; ele nunca havia cometido algo assim antes; no máximo, já torturou animais de pequeno porte, como gatos ou filhotes de cachorro, mas nunca havia feito um humano sangrar… ao menos, aquela quantidade de sangue.
“Ihhh… eu acho que ele morreu.”
Exceto Carlos, todo o grupo de garotos soaram frio. Eles já agrediram muitas pessoas, mas nunca mataram ninguém. Qualquer um poderia perceber que a atmosfera do beco onde eles estavam ficou pesada.
“Será? Bom, tanto faz.”
Carlos n?o se importava com aquilo; a única preocupa??o dele era esconder o corpo. Apesar disso, ele n?o se importava em ser pego, afinal, o máximo que iria acontecer era algum trabalho for?ado (como varrer as ruas), e uma reclama??o de sua m?e.
Un é um portador da síndrome de Shiro, já Carlos, um membro saudável da sociedade, mesmo que a sua sanidade seja… nem o próprio Carlos se achava normal.
A diferen?a de valor entre os dois é nítido.
Carlos pegou o corpo de Un, o arrastou e o colocou em uma lixeira próxima dentro do beco. Depois disso, ele e seu grupo deixaram o local do crime.
A case of literary theft: this tale is not rightfully on Amazon; if you see it, report the violation.
***
“Un…”
2 horas haviam se passado, e Un finalmente recuperou a consciência. Uma dor de cabe?a insana o fazia gemer de dor.
“que dor! E que cheiro é esse?! Porra!”
Un tentava se movimentar com dificuldade, e a cabe?a dele só doía cada vez mais. Apesar disso, ele conseguiu se levantar, sair de dentro da lata de lixo e andar em dire??o a saída do beco.
Depois de 5 passos, Un quase caiu no ch?o; sua vis?o turvou e seu equilíbrio se enfraqueceu. Após 5 segundos, ele retomou a caminhada.
O cora??o de Un se afundou em raiva. Se ele pudesse, torturaria Carlos e sua gangue até a morte, mas como n?o tinha poder para tal, a única coisa que podia fazer era fantasiar.
[“Situa??o difícil a sua, garoto.”]
Un olhou para trás e viu uma mulher de olhos verdes e cabelos azuis. Chifres saiam de sua cabe?a, mas Un n?o conseguiu prestar aten??o nisso.
Aquela mulher é a mulher mais bonita que Un viu em toda a sua curta vida.
[“Como está, Un?”]
Abruptamente, Un saiu do transe quando a mulher o chamou pelo nome. Ele come?ou a se pergunta como ela sabia seu nome, e finalmente percebeu os chifres na cabe?a da mulher.
‘Ela está na forma despertada?’
Ele rapidamente descartou esta possibilidade; porque alguém que despertou a forma espiritual física iria visitar um lugar t?o miserável quanto onde ele morava? Impossível. Provavelmente, a mulher só é uma alucina??o de sua mente.
[“Oi? Está me ouvindo? Sabe, Lutar contra eles n?o foi uma a??o muito inteligente.”]
“Como assim?”
[“N?o foi uma a??o inteligente lutar contra eles, garoto. Além do mais, n?o precisa falar em voz alta, eu posso ler seus pensamentos!”]
“Como se já mera alucina??o soubesse de alguma coisa, hmph.”
O garoto zombou. A primeira coisa que Un pensou é que a mulher em sua frente era uma alucina??o. Ele suspirou; sua vida já era difícil, e agora, ele provavelmente ficou com alguma sequela da porrada na cabe?a.
“Você é um garoto engra?ado; realmente acha que sou uma alucina??o?”
Ele hounpara a mulher.
“Meu nome é Yorier. Sou a mais poderosa lorde dem?nio. Você deve se sentir honrado, garoto.”
Un simplesmente ignorou o discurso da mulher e foi mancando para casa; ele acabara de ter o dinheiro que irrita usar para comprar remédio para sua irm? roubado, n?o podia perder tempo com… delírios.
Mesmo que piore, o que Un pode fazer? Ele é pobre.
“Oi, irm?o, como vai?!”
Chatte cumprimentou Un; aparentemente, ela melhorou da febre, mas sua postura era um pouco torta; provavelmente por causa da cor no peito.
“Você…”
Quando Chatte percebeu o sangue na cabe?a do irm?o, ela ficou em choque.
“O que aconteceu?! Te bateram?!”
“Eu caí. Sou um bastante desastrado as vezes… hahaha.”
Un tranquilizou Chatte, mas ela n?o acreditou em uma única palavra dele.
“Mentiroso!”
“Calma, Chatte. Está tudo bem, já passou.”
Uh abra?ou Chatte. Dessa vez, Chate finalmente calou a boca.
“Quando eu crescer… me certificar eu que ficarei forte o suficiente para que alguém pense duas vezes antes de bater em alguém da minha família.”
“Com certeza, você conseguirá!”
Os dois entraram em casa e foram para a cozinha. Lá, Un se sentou na mesa, e olhou para o p?o duro e a água.
‘Um dia, será sopa com carne, e suco.’
Este era o sonho de Um; mesmo que o mundo estivesse contra ele, e a sorte n?o estivesse ao seu favor, ele iria tornar tal sonho real; ele daria sua vida por isso. E aquele cara o ajudaria nisso.
***
Capítulo 3: fragmento das memórias de Un.
***
Na guerra, muitos se sacrificam pelo interesse de poucos.
***
“Sinto muito, mas seu filho tem síndrome de Shiro. Ele n?o é capaz de produzir nem manipular Nier.”
O boneco na m?o do garoto caiu enquanto o tempo parecia desacelerar em sua vis?o emba?ada pelas lágrimas que iam se formando.
Outrora, o garoto veio de expectativas para o futuro e que sonhava em se tornar um forte manipulador de Nier, dar orgulho aos seus pais e fazer com que sua família de e junte ao topo da hierarquia social, agora está cabisbaixo, decepcionado com o destino, e acima de tudo, consigo mesmo.
Normalmente, as pessoas despertam o núcleo de Nier após os 5 anos, mas ele já tinha 10 anos e n?o havia despertado. Normalmente, até mesmo despertares tardios ocorriam no máximo aos 7 anos, tal demora era preocupante.
Seus pais, preocupados, o levaram para uma consulta ao médico para avaliá-lo e descobrir o que havia de errado.
Finalmente, descobriram algo que até somente um psicopata desejaria para alguém; Un n?o era apenas um inválido, ele era um amaldi?oado.
“Impossível! Com certeza o núcleo dele despertará!”
“... Mas senhora…”
Iris n?o conseguiu aceitar a realidade de primeira; ela, uma mulher forte, n?o conseguiu aceitar que o próprio filho era um amaldi?oado. Por isso, come?ou a discutir ferozmente com o médico.
“Se você continuar com isso, irei chamar os seguran?as!”
Iris ficou em silêncio.
“Senhora, por mais que está síndrome seja extremamente raro e n?o tenha cura, eu recomendaria… N?o há o porquê se preocupar; a família de vocês têm finan?as o suficiente para que a crian?a viva sem grandes problemas, mesmo que… n?o seja uma vida luxuosa, afinal, vocês s?o significamente pobres. Mas ainda sim, ele conseguirá viver bem.”
Após dizer isso, o médico tomou um gole de água como normalmente sempre fazia. E Iris, totalmente desolada, saiu do consultório, junto de seu filho e de Yuki, seu marido.
“Merda…”
Esta foi a única palavra que ele conseguiu falar. N?o importa a perspectiva que olhassem, Un n?o tem futuro naquele mundo; ele simplesmente nasceu amaldi?oado e que por nascer amaldi?oado, estava destinado à miséria.
O garoto chorou. Aquele chorou foi como uma machadada no cora??o de Yuki. Ele e sua esposa sempre se consideraram pessoas fortes, e agora, descobriram que n?o eram t?o fortes assim, só n?o tinham perdido algo muito importante.
“Pai… eu conseguirei ser um manipulador de Nier?”
“N?o importa se você consegue ou n?o se tornar um manipulador de Nier, nós sempre te amaremos, filho!”
Após dizer isso, Yuki acariciou a cabe?a de Un, seu filho; ele o consolava. Infelizmente, Un teve que reformular todos os seus sonhos; para um garoto de 10 anos, n?o era algo fácil de se fazer; é difícil aceitar o fato de que se é inútil, que nunca conseguirá alcan?ar os próprios objetivos, e que dependerá dos outros a vida inteira. Ele sempre desejou crescer rapidamente e se tornar adulto, alcan?ar a própria independência, e agora, ele tem que desistir disso.
Depois daquele dia, Yuki come?ou a tratar ele diferente; com certa indiferen?a, mas ainda conversava com ele. Já a Iris, simplesmente n?o falou mais com ele.
Iris n?o suportou a ideia do próprio filho ser um inválido, por isso, como um ato de autoprote??o da cor de olhar para Un e sempre lembrar do dia no hospital, ela passou a ignora-lo.
Tal tratamento fez com que a autoestima de Un só afundasse cada vez mais; como alguém amarrado a um saco cheio de pedras.
Desde que descobriram que Un era um inválido, o cotidiano da família de tornou sombrio, só menos, era o que o garoto pensava.
Com o passar do tempo, Yuki tratou melhor Un, e até conversou com Iris em uma tentativa falha de fazer ela parar de ignorar Un. E se seguiu assim até a época da grande guerra.
Yuki e Iris foram convocados. Mulheres geralmente eram melhores em manipula??o de Nier do que homens, tanto que a sociedade no geral era matriarcal. Todavia, Yuki era talentoso e conseguia manipular Nier de tal forma que daria trabalho para qualquer oponente.
Na batalha no rio de janeiro, Yuki e Iris foram encurralados. Os números dos soldados inimigos era gritante; n?o havia como eles sair vivos dali.
Naquele momento, tudo o que Yuki pensava era em seus filhos e os momentos que ele perderia caso morresse ali, e como Un ficaria desamparado.
Com base nisso, ele conseguiu fugir com Iris. Depois, ele descobriria como acobertar a fuga e fazer parecer que eles eram os únicos sobreviventes.
Infelizmente, descobriram que eles fugiram da batalha. Desertar era um crime grave, punido com execu??o.
Eles foram executados. Fugir foi um erro; se eles lutassem até a morte, pelo menos seus filhos teriam amparo, pois por mais que Iris e Yuki n?o fossem ricos, eles ainda possuíam bens que poderiam ser vendidos, mas como morreram como traidores, seus bens foram confiscados e Chatte e Un ficaram desamparados.
Un e Chatte foram para um orfanato só para serem expulsos de lá por mau comportamento. Depois, se tornaram mendigos vagando pelas ruas.
Depois de 5 anos, finalmente se ‘estabilizaram’ entre muitas aspas para n?o dizer o contrário; os dois eram literalmente mendigos morando em uma casa abandonada que só tinha energia porque Chatte alimentava com Nier uma lampada que havia roubado.
Provavelmente, eles continuariam assim se Chatte n?o apresentasse uma boa manipula??o de Nier a nível Micro. Por mais que ela n?o fosse talentosa o suficiente para se tornar uma guarda, afinal, ela tinha a for?a física abaixo da média, era até ligeiramente mais fraca que Un. Sendo abaixo da média em combate, caso ela estudasse, poderia se tornar uma boa médica ou cientista, pois manipular nier a nível Micro era mais difícil do que a nível macro; para a maioria dos usuários de Nier, se era quase impossível modelar Nier em linhas mais finas que uma uma agulha e manter a consistência por muito tempo, é praticamente impossível criar algo que seja menor que uma célula. Por isso, pessoas habilidosas como Chatte eram altamente requisitadas como pesquisadoras.
Existem 3 academia de Nier que fazem parte da elite: Academia real, academia de Tomás e academia de Lótus, e Un, que se encontrava sem nenhum objetivo de vida, decidiu dedicar ela a ajudar Chatte a subir na carreira. Se ele n?o pode trabalhar, ele vai mendigar; se n?o pode mendigar, irá roubar.
Se o mundo aponta o dedo do meio para ele, ele aponta os dois dedos do meio para o mundo.
***
Após acordar, Un deu de cara com Yorier.
“Olá, dorminhoco. Como vai?”
Ignorando ela, rapidamente levantou da cama.
“Irm?o? Vai aonde?”
“N?o tenho tempo para conversas, eu acho que conseguirei arranjar um emprego hoje.’
Olhos de Chatte brilharam.
“Sério?”
“Sim.”
Após este breve diálogo, Um correu para a pra?a, e esperou até finalmente o relógio da igreja marcar 10:00. Entretanto, Lei n?o apareceu. Um decidiu esperar só mais uma hora. Quando o relógio marcou 11 em ponto, Lei finalmente apareceu.
“Está atrasado.”
“Mas vim, n?o vim? E você também veio, hahaha.’
O homem riu.
“Enfim, siga-me, garoto.”
Un seguiu Lei até a floresta e entraram em uma casa que parecia abandonada; eles foram até o por?o da casa e entraram em uma espécie de laboratório.
“Enfim, pirralho, aqui é o meu laboratório pessoal! Encantado?”
“Nem na próxima vida.”
“Assim você me deixa tristinho, mas enfim! Vou te mostrar a anatomia daqui! Você precisa se familiar com os lugares. Veja.”
Lei foi mostrando todos os quartos para Un, explicando-os meticulosamente.
“Aqui, é a área onde estudo plantas. Ali, é onde estudo animais, aqui, é para história, ali, geografia, o quarto 9 é onde armazeno o corpo de monstros, e 10 é onde fica minha biblioteca, e o quarto 11 é meu favorito; é onde eu fa?o meus experimentos!.”
“Entendo.”
Assim que os dois entraram no quarto, Un quase vomitou.
“Quanta falta de entusiasmo, mas enfim, finalmente, você chegou ao paraíso científico!”
Um ficou enojado ao ouvir isso, mas n?o demonstrou; ele precisa de um emprego, afinal.
“Aliás, quanto você está pagando?”
“Hmmm… 150 reais de Nese por mês.”
Un ficou embasbacado; era praticamente o exato valor de um salário mínimo. Ele n?o ficou impressionado porque era baixo, mas sim porque era alto… até demais. Por isso, ele desconfiou.
“Por que…”
“Garoto, é difícil encontrar um aprendiz confiável, e você, mesmo passando fome, nunca roubou de outras crian?as, apenas de donos de vendas que lhe tratavam mal. Além disso, você parece significamente inteligente, mesmo para um garoto amaldi?oado, mas enfim, está feliz?”
“Sim, mas como eu vou consegui ajudar aqui de eu n?o manipulo Nier?”
“A resposta é simples: estou entediado.”
“????”
“Basicamente, eu quero estudar a síndrome de Shiro. Ela é incrivelmente rara e no máximo 5 casos em 500 anos aparece, ou seja, dificilmente encontrarei outra oportunidade de estudar tal síndrome.”
O motivo de Lei contratar Un n?o era apenas por pena; ele realmente queria estudar Shiro; tal interesse já residia nele há vários anos. Felizmente, ele achou a cobaia perfeita… ou melhor, o paciente perfeito.
“Irá fazer experimentos estranhos comigo?!”
“N?o, garoto, apenas estudar de forma normal.”
“Entendo.”
“O que me diz? Aliás, o primeiro pagamento é hoje.”
‘n?o é como se eu tivesse muita escolha…’ Un pensou.
“Eu topo.”
***
1 semana se passou desde que Un come?ou a frequentar o laboratório de Lei. Por mais que ele se sentisse desconfortável em ser uma cobaia, o medo de passar fome é maior do que seu desconforto. Estranhamente, Yorier n?o falou uma palavra até agora.
Além disso, n?o é só como ele só fosse submetido a experimentos; ele também conseguia estudar gra?as aos livros da biblioteca da sala 10.
“Lei.”
“O que foi?”
“Por que n?o me chamou logo quando nos conhecemos?”
“Eu precisava preparar o equipamento de pesquisa, e isso demora um dia. Agora cale a boca e vire-se.”
Un se virou, e o escaner mágico escaneou todo o seu corpo.
“é estranho. A anatomia geral do seu corpo é um pouco diferente das demais, meio que… perfeita demais; literalmente os dois lados do seu corpo s?o idênticos e você n?o tem pelos em outra parte do corpo a n?o ser na cabe?a. Seu núcleo de Nier aparenta estar saudável em uma vis?o superficial, mas n?o produz Nier nenhum, além disso, n?o há nenhum problema na anatomia dele… é como se o problema n?o fosse físico…”
[“Por que n?o é.”]
Depois de uma semana sem falar nada, Yorier abriu a boca. Un instintivamente entrou em um estado de alerta. ‘é uma mau presságio’ ele pensou.
[“O que você quer dizer com isso?”]
[“Seu problema n?o é físico, mas espiritual, pirralho.”]
[“Explique melhor.”]
Apesar de Un pedir uma explica??o, Yorier n?o falou mais nada.
“Seu sangue também reage ao Nier de forma estranha, ele n?o o absorve, apenas o deixa ir embora…” Lei murmurei.
“Enfim, juntei todo os sangue que tirei de você e irei colocar em um animal que controla Nier para ver o que acontece.”
“Ok.”
Lei misturou o sangue de Un com sangue de um monstro e colocou a mistura no microscópio. Ao analisar, ele descobriu que o sangue do monstro matou as células sanguíneas de Un. Ele repetiu o experimento 5 vezes com sangue de outros tipos de monstros, e sempre aconteceu a mesma coisa.
“Hmmm… interessante.”
“Senhor, de qual animal você tirou o sangue?”
“Ah, me siga.”
Un seguiu Lei até o quarto 9, e ficou horrorizado com o que viu; a cole??o de Lei ia de monstros empalhados até mesmo a monstros em tubos de líquido mágico.
Um olhou para um cachorro mergulhado em líquido Nier.
“Aqui, é de onde tirei o sangue para os experimentos.”
“Por que?”
“Ah, eu pesquiso sobre eles também.”
“ E o cachorro?”
“Ele morreu depois de fazer alguns experimentos com ele.”
“Quais experimentos.”
“Bom, eu queria testar se animais podiam ter depress?o, ent?o torturei o cachorro por 5 meses. No sexto mês, ele ficou t?o triste que nem conseguia comer.”
A express?o de Um endureceu.
“Mas se ele n?o é um monstro, é injusto fazer isso com ele, n?o?”
Lei riu.
“Garoto, o mundo n?o é justo, além disso, e daí? Quem governa o mundo s?o os fortes, e os fracos s?o obrigados a obedecer à vontade dos fortes. E daí que se você vai ser forte ou n?o depende de sorte e n?o de esfor?o? O que importa é a for?a. Estamos em um mundo onde o egoísmo reina e se você n?o for egoísta, irá ser devorado pelos que s?o. A natureza é assim; um devorando o outro, e o fraco sendo despeda?ado pelo forte. Você é o que mais devia saber disso, afinal, é fraco e já foi humilhado muitas vezes, n?o? Além disso, é só um animal, n?o um humano, ent?o por que você se importa?”
“Mas uma lei onde só beneficia os fortes…”
“Até leis humanas favorecem aqueles que s?o fortes. Por exemplo, a lei contra roubo favorece aqueles que têm autocontrole forte, ou seja, a lei, de maneira geral, beneficia aqueles que têm uma capacidade forte de seguir regras. Nós n?o somos diferentes da lei natural nesse sentido.”
Un n?o conseguiu refutar a afirma??o aí de Lei, porque tudo o que ele falou era verdade.
“Enfim, seu turno acabou, garoto, te vejo amanh?.”
“Tchau.”
Un saiu do casar?o. Inicialmente, ele planejava apenas ir direto para casa através de um atalho que ele pegava todos os dias para n?o ser ‘roubado’ novamente. Entretanto, após passar entrar na estrada do tal atalho, ele ouviu um som de passos de cavalos mágicos.
‘Um desfile?’
Apesar de slimes serem utilizados como uma montaria mais popular por serem facilmente domesticados e servirem bem como montaria tanto no céu tanto na terra, cavalos ainda eram usados para desfiles,
Um decidiu dar uma olhada. Ao atravessar a rua e ir correndo até a pra?a principal, ele conseguiu ver o desfile, e ter um vislumbre da filha do governador da cidade, Liliete Light Knight.
Apesar da garota aparentar ter a mesma idade que ele e ser uma potencial beldade, ele n?o prestou aten??o nisso; apenas suspirou; a família Moonlight Wings é comandada por pessoas sem vergonha, pois literalmente gastam dinheiro com desfiles todos os meses, mas n?o procuram resolver os problemas das classes mais baixas. Esses desfiles servem para que? Para esbanjar riqueza? Poder?
Un sentiu um pouco de inveja de Liliete; ela tinha tudo que ele n?o tinha: um bom ambiente onde podia se desenvolver apropriadamente.
Além disso, ela podia manipular Nier.
[“Já se perguntou o porquê de você n?o conseguir manipular Nier?”]
Pela terceira vez no dia, Yorier abriu a boca.
***
Assim que Yorier abriu a boca, a primeira rea??o de Un foi ficar na defensiva contra aquela mulher; ele já tinha uma dificuldade natural em confiar em desconhecidos.
“Garoto, sei que é triste, mas lembre e relembre todos os dias do que eu vou te falar agora; está é a única vida que você! Se você morrer aqui, acabou! Game over…”
A mulher riu de seu próprio discurso. Como Un, um garoto nascido em uma época onde mal existia celulares sem fio, poderia saber o que significava a frase ‘game over’? Apenas se ele for um reencarnado igual a ela.
“O que?”
Como a mulher esperou, Un, com o olhar tingido de confus?o, olhou para ela.
“Os manipuladores de Nier só conseguem manipular Nier porque eles tem uma alma com um nucleo espiritual, e este núcleo espiritual interage e transmite energia para o núcleo fisico.”
“Portadores da síndrome de Shiro n?o conseguem manipular Nier porque eles n?o tem alma; s?o corpos vazios. Ou seja, se você morrer aqui, você irá morrer para sempre. N?o terá uma segunda vez.”
“Impossível.”
Apesar dele n?o confiar em Yorier, ela conseguiu implantar dúvidas em sua cabe?a; Un inevitavelmente se perguntou se ele tinha realmente alma.
Esta dúvida n?o se originou apenas da afirma??o de Yorier, e sim porque de fato, o Nier via da alma, e depois de passar para o núcleo físico e ir para a corrente sanguínea, as pessoas conseguiam manipulá-lo. A própria Lei confirmou isso.
Agora, o que Un poderia fazer? E se for verdade? E se ele n?o tem alma? E se essa realmente for a sua única vida?
Ele tinha núcleo físico, e tal núcleo n?o apresentava nenhum problema. Se Nier via da alma, ent?o faz sentido que Un n?o possa produzir nem manipular Nier; ele n?o tem alma. E Se ele n?o tem alma, ele n?o pode reencarnar.
Um sentimento de medo e incerteza se implantou no cora??o de Un; ele nunca se sentiu assim antes. O pensamento de ser um dos poucos que tem uma vida finita n?o apenas o aterrorizou, como também preencheu seu cora??o com um sentimento de indigna??o.
[“Garoto, como alguém que n?o consegue manipular bem produzir Nier irá conseguir emprego em um mundo onde Nier é tudo e até mesmo os mais ricos tem poucos empregados por limparem a própria casa usando telecinese? Sua única vida será miserável. Todavia, eu tenho uma proposta; ofere?o-lhe a oportunidade de mudar isso, em troca da alma da sua irm?.”]
[“... O que?”]
[“Basicamente, eu posso curar sua incapacidade de usar Nier. Além do mais, posso te tornar poderoso, mas para isso, preciso da alma da sua irm?. Infelizmente, ela tem alma imortal e pode reencarnar, e a alma dela morrerá e ela n?o reencarnará mais, todavia, esta única vida que você tem terá a chance de valer a pena.”]
‘com certeza, é mentira’, Un pensou. Ele n?o sabia que tudo o que Yorier falou é verdade. Claro, ela modificou algumas informa??es para aumentar a chance dele fazer a escolha que ela queria, mas Un de fato n?o tem alma, e essa é a única vida que ele tem.
Se alguém pudesse ouvir a conversa entre Un e Yorier, a primeira coisa que a pessoa pensaria era que Yorier tem más inten??es, todavia, estaria errado e certo ao mesmo tempo.
Yorier era uma lorde dem?nio, e Un, um descendente de lordes dem?nios; mais precisamente, um rob? biológico. Por ser apenas um ser humano artificial, ele n?o tem alma.
Para contextualizar, na primeira dimens?o primordial, no início dos tempos, existiam deuses que andavam sobre a terra. Eles governavam sobre tudo e todos, todavia, a maioria deles decidiram n?o interferir no plano terreno, mas um único Deus se op?s; este era a deusa dem?nio, Yorier.
Ocorreu uma guerra; todos contra Yorier. Apesar do fato dela ser o deus mais poderoso, eram muitos inimigos de uma vez, e ela foi derrotada. Para escapar da morte, ela criou secretamente fragmentos de almas e os espalhou entre diferentes dimens?es. Por isso Un n?o tinha alma; ele era um portador deste fragmento, e se ele morresse, o fragmento n?o funcionaria como a alma dele, e sim apenas voltaria para Yorier e ela o absorveria.
Por estar em um estado enfraquecido, Yorier n?o conseguiria dar poder a Un, por isso ela precisa da alma de Chatte; almas s?o feitas de mana, a energia primordial dos deuses, por isso, apenas deuses podem dar fim a uma alma. Apesar deles n?o poderem revive uma, eles ainda s?o aqueles que as criam.
Caso Un aceite a proposta de Yorier, ela modificará a energia da alma de Chatte e a utilizaria para modificar o corpo de Un e o tornar capaz de produzir e manipular Nier.
Claro, por mais que seja a alma que produza Nier, Un n?o ganhará uma alma; ele apenas ganhará um órg?o físico capaz de produzir Nier.
Em termos morais, é uma escolha difícil; a escolha dele depende exclusivamente do egoísmo do mesmo.
Imagina que você tem uma vida miserável, ela é a única vida que você tem, e continuará sendo miserável até a morte, todavia, lhe é apresentada a oportunidade de fazer de mudar isso, em troca de matar toda a popula??o de um planeta.
Este é o valor de uma alma imortal: infinito. Uma alma que pode viver infinitamente vale mais do que toda uma espécie com vida infinita, principalmente se ela for útil. Por isso, escolher sacrificar a alma imortal para melhorar sua própria vida é a mesma coisa que matar uma civiliza??o inteira só porque sua vida é miserável.
Alguém moral n?o faria essa decis?o, todavia, a maioria das pessoas n?o s?o morais. Por isso, há uma chance alta dele escolher sacrificar a irm?.
Para entender o peso disso, vamos reformular a pergunta: você mataria uma crian?a saudável e boa de de 12 anos só para fazer a própria vida deixar de ser miserável, mesmo sabendo que a vida dessa crian?a teoricamente valeria mais do que toda a humanidade e que ela viveria 1000 anos e teria um grande talento e causaria um ótimo impacto no mundo, ajudando milhares de pessoas?
Obviamente, esta decis?o só é difícil moralmente, pois realisticamente, a realidade simplesmente n?o tem regras e você pode fazer o que quiser, todavia, regras como a moral, mesmo sendo imaginárias, s?o baseadas na lógica e no que faria com que uma sociedade funcionasse de forma eficiente. Por isso, a moral aplicada depende do ambiente e da época de uma civiliza??o, porque a aplica??o de ideias morais depende da vis?o de mundo daqueles que a aplicam.
Todavia, mesmo que a moral seja imaginária, uma pessoa ainda sente culpa ao machucar alguém. Por isso, a quest?o n?o é nem se “você machucaria uma crian?a inocente por…” e sim:
você trairia a confian?a da pessoa que você mais ama e a mataria para que sua vida fosse menos miserável?
é com este tipo de quest?o que Yorier fez Un ter que lidar.
***
Capítulo 6: impossibilidade desagradável.
Depois da breve conversa com a deusa dem?nia, Un voltou para casa.
“Chatte, cheguei.”
Mesmo após ter gritado, Chatte n?o respondeu. Un gritou algumas vezes, e foi tomado por ansiedade quando seus gritos foram cumprimentamos pelo silêncio.
Quando ele entrou na casa, viu Chatte desmaiada, caída no ch?o.
“Chatte!’
Ele gritou de desespero. Un rapidamente se aproximou dela e implorou.
“Chatte! O que aconteceu?! Você está bem?”
N?o houve resposta. Un carregou Chatte nas costas e correu em dire??o ao casar?o. Ele teria que correr muito, e provavelmente ficaria com dor nas costas depois, mas a vida de sua irm? poderia estar em perigo, e ele n?o podia ir a médicos confiáveis e que n?o tentassem enganá-lo, por isso, foi atrás de Lei.
Ao chegar lá, ele bateu na porta. Lei abriu ela e e Un entrou rapidamente.
“O que aconteceu, garoto?”
“Minha irm?… poderia ajudar ela?”
Lei suspirou.
“Coloque ela naquela maca no quarto 9. Eu verei o que posso fazer.”
Depois que Un colocou Chatte na maca, Lei conduziu uma série de exames.
“Sinto muito, garoto, mas ela tem cancer no núcleo de Nier. Apesar de ter este nome, n?o é realmente cancer; apenas uma infec??o que pode ser tratada nos primeiros estágios, mas agora, já é tarde demais. Ela n?o irá morrer, mas a longo prazo, isso irá tornar ela incapaz de manipular Nier.”
O mundo de Um desmoronou.
Até agora, o sonho dele era ver Chatte adentrar em uma academia de Nier e se tornar uma pesquisadora, mas agora, tudo isso n?o passou de uma ilus?o; ouvir que sua irm? n?o poderia manipular Nier o quebrou.
“Espera, se é tratável…”
“é tarde demais; o núcleo de Nier dela rachou; n?o há como curar algo deste nível. Você só conseguiria curar ela caso tivesse trazido ela há umas semanas atrás, mas agora, a única coisa que posso fazer é dar a ela alguns remédios para diminuir a dor.”
Un caiu de joelho no ch?o; N?o há mais esperan?a.
Após algumas horas, Chatte acordou. Lei explicou a situa??o dela, e ela caiu em pranto. Depois de um certo tempo, ela se cansou de chorar.
“Olha…”
“N?o fale absolutamente nada.”
Un tentou consolá-la, mas falhou miseravelmente.
“Ha… hahahahaha… HAHAHAHAHAHAHA.”
Chatte riu de sua própria desgra?a. Agora, ela se tornou uma inválida, e seu futuro, incerto. Provavelmente, ela e o irm?o teram uma vida miserável… n?o, eles v?o ter uma vida miserável, isso é um fato.
“Olha, se quiserem, podem dormir aqui.”
“Somos ambos fracos agora…”
Un recusou indiretamente o convite de Lei.
“Isso n?o importa. N?o é como se eu fosse alguma coisa, hahaha, sou do um cientista, né? Só porque eu matei um cachorro, você me vê como um vil?o… assim fico triste…”
“Ok, obrigado, vou ficar aqui.”
“Você… voltou atrás rápido demais. Enfim, aqui n?o é caridade, ent?o só permitirei que você fique aqui esta noite.”
O que Un podia fazer além de voltar atrás de sua decis?o? Ele já era um miserável e continuará fraco e miserável pelo resto da vida. N?o há o que ele pode fazer. Agora, a irm? dele também se tornou igual a ele; uma pessoa que vive através da piedade dos outros.
Un sentou-se em uma cadeira na varanda e ficou até anoitecer. A noite, ele observou as estrelas.
[“Ent?o, minha proposta se tornou atraente?”]
[“Cala a boca. Provavelmente é você que fez isso com minha irm?.”]
[“Claro que n?o! Por que eu faria isso? Enfim, como vai ser agora? Seu único sonho, que era ver sua irm? ascendendo de classe social, se tornou impossível. Você aceitará ter este tipo de vida por escolha própria? é só matar a alma da sua irm?. Por mais que sacrificar a vida de uma alma imortal seja um pecado com um peso infinito, sua única vida se tornará boa e é isso que importa: a sua vida; a vida dos outros só vale quando beneficiam você de alguma forma.”]
[“Cala a boca; eu n?o vou matar a a minha irm?.”]
[“Como esperado, você é fraco; mesmo perante a oportunidade de tornar seus sonhos realidade, você joga ela fora só porque ela tem um alto pre?o a se pagar. No final, talvez você mere?a a vida que tem.”]
“Vala a boca, porra.”
Yorier, apesar de entretida, decidiu n?o provocar mais Un; ela sabia que existem limites até mesmo para provoca??es.
Claro, Yorier poderia ter mentido; afirmar que Chatte se tornou alguém sem alma porque o núcleo de Nier dela se tornou vazio, mas há um porém; apenas o núcleo físico foi danificado, n?o o espiritual, e por mais que as pessoas nessa época n?o tenham tecnologia para detectar a alma, e apenas teorizar sobre ela, Yorier precisava de um apóstolo forte; alguém que fosse capaz de sacrificar algo precioso por um objetivo egoísta.
Bom, Apesar do fato de que as circunstancias praticamente obrigam Un a matar Chatte, Um ainda tem escolha.
Seria ele egoísta ao ponto de matar a irm?, absorver a alma dela e interromper o ciclo de reencarna??o infinito dela?
Seria ele capaz de sacrificar uma alma infinita para melhorar a vida de um corpo vazio melhor?
Un sabe que o emprego no casar?o n?o durará muito, e que muito em breve, Lei se entediaria dele e o descartaria. Ele n?o pode depender de Lei para viver.
Inevitavelmente, ele terá uma vida miserável… se escolher n?o sacrificar a irm?. A dificuldade desta decis?o depende apenas da pessoa, para alguns, é fácil, para outros, difícil. Para Un, quase impossível.
Un n?o sabia, mas Isso n?o era um tipo de teste moral; se Un sacrificasse a vida da irm?, Yorier dará a ele o poder de mudar a própria vida, já se Un escolher n?o sacrificar a irm?, os dois, ele e Chatte, teriam uma vida miserável.
O teste verificava apenas se Un estaria apto para se tornar um discípulo da rainha dem?nio. E ele deve se tornar um dem?nio para ser discípulo de um dem?nio.
Yorier p?de perceber que Un tinha frustra??o e raiva acumulada pelos anos, e que ele era perfeitamente capaz de matar a própria irm? por um motivo egoísta, mas estava se segurando por medo da culpa. Basicamente, ele é o que as pessoas costumam chamar de monstro humano.
‘Seria Un digno de poder lutar pela própria
felicidade?’ Yorier pensou.
Como diria um sábio antigo: o maior erro de um homem é colocar outro humano acima dele.
***
Capítulo 7: sacrifício.
Uma semana se passou desde que Yorier informou Un de que ele n?o tinha alma, e Chatte foi avaliada como potencialmente incapaz de manipular Nier.
Un nunca esteve t?o pensativo em toda a sua fútil e finita vida; a dúvida que a Deusa maligna plantou em sua cabe?a floresceu como um ramo de espinhos venenosos.
Tais espinhos pareciam mortíferos só de olhar, e ao tocá-los, Un sentia dor; todavia, ele os tocava, e ainda por cima os abra?ava.
“Minha vida… é finita? N?o tenho alma?”
Un se perguntou isso inúmeras vezes desde a conversa com a dem?nia.
[“Ainda está em dúvida? Isso n?o é uma teoria; é um fato; grande parte do Nier é produzido pela alma e armazenado no núcleo da alma; o núcleo físico serve apenas para manifestar a energia. Todavia, pessoas com síndrome de Shiro tem o núcleo físico, mas por n?o terem alma, n?o podem produzir e manipular Nier.”]
“Mentirosa!”
Un gritou, o que acordou Chatte.
“Irm?o?”
“N?o foi nada…”
“...Ok”
Chatte simplesmente tentou voltar a dormir, e Un foi até o banheiro.
[“Un, sua irm? irá morrer de qualquer jeito; ela tem cancer no núcleo de Nier físico, o que seria curável, caso ela tivesse dinheiro, mas vocês dois s?o pobres.”]
[“Cala a boca.”]
A dem?nia Riu.
[“Você é um ser vazio; sem alma. Esta é a única vida que você tem. E adivinha: tanto você tanto sua irm? terám uma vida miserável, pois mesmo se sua irm? se curar do cancer de Nier físico, ela n?o conseguirá mais manipular Nier!”]
[“Já disse para calar a porra da boca!”]
Como se obedecesse ao seu comando, a rainha dem?nia calou a boca. Todavia, ela já conseguiu o que queria: plantar dúvidas na cabe?a de Un.
Tecnicamente, tudo que ela falou é verdade; portadores de Shiro n?o tem alma e só possuem uma única vida, mas o plano dela de tornar Un um discípulo demoníaco dependia exclusivamente do que ele faria com aquela informa??o.
[“N?o há como matar outra pessoa em vez dela?”]
[“N?o; tem que ser alguém que você tenha um vínculo. Além do mais, tem que ser uma alma humana.”]
‘facil demais’
Isso foi o que a deusa pensou, pois de fato ela n?o o estava manipulando; só havia falado fatos que o próprio Un já sabia, a diferen?a é que ela falou mais alguns dos quais ele n?o tinha conhecimento e ofereceu a oportunidade dele se tornar alguém no futuro.
Chatte vai morrer de qualquer jeito, e esta é a única vida de Un. Se até alguns dos animais mais moralmente puros escolhem devorar outras vidas para continuar vivo, porque Un n?o pode sacrificar ela para viver a única vida que ele tinha?
O único dilema moral dessa decis?o é o fato da vida de Chatte ser infinita, e a de Un, finita; ela iria continuar reencarnando, e esse ciclo precisaria ser quebrado para que Un vivesse a vida que queria.
Ele seria capaz de sacrificar a vida infinita de sua própria irm? para tornar sua única vida finita melhor?
Ele lembrou-se da formiga que havia esmagado quando estava na floresta procurando ervas medicinais. Naquela época, ele comparou a formiga consigo mesmo.
Agora, ele possui a oportunidade de deixar de ser uma formiga humana e se tornar um humano. Mais do que isso, ele queria ser reconhecido como humano.
Para Un, é demasiadamente imoral n?o aproveitar a oportunidade de se tornar forte; de deixar de ser um inseto e ascender como indivíduo.
Tanto Yorier tanto Un se questionaram sobre isso, entrementes, Un encontrou rapidamente uma resposta.
“Sim.”
Apenas.
Ele chegou nessa conclus?o utilizando do seguinte raciocínio: o mundo é dos fortes e crueis. Na natureza, é assim que funciona: os fracos e doentes s?o abandonados, devorados e pisados. O forte devora o fraco e o usa como alimento.
O egoísmo reina. é assim que funciona na natureza. Os humanos fazem parte da natureza, sendo um humano, porque ele n?o podia ceder a ela?
‘aqueles que n?o s?o egoístas s?o devorados por aqueles que s?o egoístas.’
As palavras de Lei ecoaram pela mente de Un.
Durante toda a sua vida até agora ele foi humilhado e pisado pelos outros, e agora, ele finalmente tem uma chance de mudar isso, e se alguém. Se ele n?o aproveitá-la, estará destinado a ter uma vida miserável.
A sua única vida seria miserável.
Un levantou-se e se aproximou de Chatte, que estava dormindo tranquilamente. Ele hesitou por um momento, mas finalmente tomou coragem e colocou o travesseiro em seu rosto.
Ele iria sufoca-la até a morte.
“Uh…uh…”
Chatte n?o entendeu direito o que estava acontecendo. Inicialmente, ela pensou que fosse uma brincadeira de Un, mas depois de alguns segundos, seu cora??o afundou em desespero; ela compreendeu que seu irm?o realmente estava tentando matá-la.
Ela se debateu, tentou se virar, mas n?o conseguiu. Mesmo que um manipulador de Nier fosse mais forte que um n?o manipulador, ela estava fraca demais por causa de sua doen?a. Lágrimas saíram de seu olhos.
Ela sempre imaginou que Un era a única pessoa no mundo que ela podia confiar, e que independente das desgra?as que aconteciam em sua vida, eles iriam se apoiar. Inúmeros sentimentos brotaram em seu cora??o despeda?ado cruelmente pela decep??o; raiva, ansiedade, medo, tristeza…
Chatte se sentiu traída.
“Desculpe.. desculpe...”
Ao ouvir o som de sua voz tingida de tristeza, todos os sentimentos, exceto a tristeza, sumiram do cora??o de Chatte.
A única coisa que ela conseguiu fazer foi se perguntar: por que?
Por que?
Aos poucos, a consciência de Chatte foi se esvaindo, e seu corpo ficando mais mole. Para garantir que ela estivesse morta, Un continuou com o travesseiro em seu rosto por mais 4 horas.
Finalmente, Un tirou o travesseiro do rosto de Chatte, e n?o conseguiu parar de chorar.
Doeu mais do que ele imaginou. Nela, e nele.
“Estou me sentindo…. Estranho.”
Ele desmaiou.
***
“Que lugar… é esse?”
Um perguntou-se; outrora, ele estava em sua casa e havia acabado de matar sua irm?, mas agora, ele está em um uma espécie… de rio.
“O que é essa água?”
“é mana, ou mais precisamente, Nier primordial.”
“O… o que é mana?”
Un ficou confuso. Por nunca ter sentido Nier, ele n?o conseguiu entender a analogia. E Yorier, como uma professora paciente, explicou-lhe de forma mais clara.
“Mana é o que deu origem ao mundo. Resumindo: se Nier é a energia dos humanos, mana é a energia dos deuses.”
“Ent?o… eu vou consegui usar mana?”
“N?o. Seus poderes ainda n?o foram decididos; pode ser que você consiga usar mana, ou que seu corpo crie uma energia própria que desempenhe uma fun??o semelhante.”
“Entendo.”
Yorier estendeu a m?o, e uma bola brilhante do tamanho de uma bola de ping pong apareceu, flutuando em sua palma.
“Está é a alma da sua irm?.”
O cora??o de Un ficou pesado.
“Você ainda pode voltar atrás, todavia, tenha em mente que sua vida será miserável assim que sair deste espa?o, todavia, se você sacrificar está alma, o ciclo de reencarna??o dela terminará e ela deixará de existir… em outras palavras, ela morrerá, mas você ganhara um poder único.”
“Eu… vou me tornar imortal?”
“N?o; você continuará sendo um corpo vazio. Entretanto, esta única vida que você possui valerá a pena.”
Un hesitou. Ele permaneceu em silêncio por alguns segundos, e finalmente, abriu a boca.
“Eu sacrifico ela.”
Yorier sorriu.
“ótima escolha.”
A bola brilhante sumiu, e Un sentiu uma dor em seu peito. Ele caiu na água, e só n?o se afogou porque ela era rasa demais.
Ele sentiu o próprio corpo mudando, como se ele estivesse se tornando mais forte, e a sua percep??o do ambiente ao redor foi adquirindo mais cores, sua vis?o cada vez mais clara.
Todavia, ele n?o conseguiu se sentir bem com isso.
A irm? dele morreu. A vida infinita dela foi sacrificada para que a vida finita dele fosse satisfatória.
Uma vida infinita, por uma vida finita sem valor.
Un chorou; ele se arrependeu de ter matado sua irm?, mas já era tarde demais; n?o havia como voltar atrás.
Ele fechou os olhos. A sua dor e culpa eram imensuráveis, ent?o, para diminuir o peso amargo no seu peito.
Ele tentou diminuir a culpa ludibriando sua mente, dizendo a si mesmo que ele, sua irm? e todos os humanos s?o meros animais que só lutam pela sobrevivência. Por mais que a vida de Chatte fosse infinita e ele tivesse interrompido isso por uma causa egoísta, estava na genética dele; ele foi programado para ser egoísta para sobreviver a um mundo egoísta.
Ele está certo e errado ao mesmo tempo; certo em admitir que ele e sua espécie n?o, inclusive a alma n?o eram nada mais do que um rob?s biológicos e espirituais, mas errado em achar que iria conseguir diminuir a dor em seu peito.
Em mais uma tentativa de diminuir a dor em seu peito, Un jurou que faria de tudo para que esta vida valesse a pena…. N?o.
N?o importa o que ele fosse se tornar, seja heroi ou vil?o, ele fará essa vida valer a pena!
Quando Um abriu os olhos novamente, eles estavam tingidos de verdel, como se fosse duas rosas entrela?adas. Orelhas de gato substituíram as orelhas de humano, e uma calda cresceu.
Ao ver aquilo, Yorier tremeu de excita??o; Un havia despertado a forma bestial. Mesmo que todos os descendentes artificiais de lordes dem?nios se tornem fortes após o despertar, casos onde se despertam a forma espiritual logo após o despertar eram raros, ao ponto de ser quase impossível.
Un n?o sabia, mas a partir daquele momento, ele se tornou uma calamidade que estava destinada a fazer o mundo tremer.
***
Assim que Un voltou para para a realidade, ele percebeu que o corpo de Chatte havia sumido.
[“O corpo foi absorvido junto da alma.”]
[“Faz sentido.”]
Un avaliou o novo corpo; ele parecia mais forte, sua vis?o mil vezes melhorada e que… parecia ver em 360.
[“Esses s?o os olhos do sacrifício; as habilidades deles consistem em vis?o 360, vis?o máxima da realidade, ou seja, ver tudo lentamente e em 360… enfim, ele também pode deixa seu corpo invisível.”]
[“Entendo. Prefiro… chamar eles de ‘olhos da Lua verde’”]
Yorier ficou abismada.
[“Por que?!”]
[“Porque eu quero!]
Yorier quase chorou de frustra??o; chamar os novos olhos de Un apenas de ‘olhos da maldi??o’ era cafona; o nome ‘olhos do sacrifício’ soava muito mais legal! Infelizmente, Yorier se arrependeu de n?o ter sugerido ‘olhos da maldi??o’ como primeira op??o.
Un apenas mudou o nome porque a palavra ‘sacrifício’ o lembrava de sua irm?. Ele n?o queria ficar revivendo memórias desagradáveis, principalmente as traumáticas.
[“A habilidade de invisibilidade é aicavel aos outros?”]
[“Sim.”]
“Enfim, vamos testar minhas habilidades.”
Un ativou a invisibilidade e saiu de casa e foi para as ruas, procurando Carlos; ele pretendia se vingar do bullying que sofria constantemente. Para isso, ele esperou até o relógio bater às 11:00 horas da manh?.
Un quase desistiu, mas a espera dele foi recompensada; Carlos costumava sair de manh? cedo, às 10 horas. Ironicamente, ele demorou mais hoje, e saiu de casa as 11:00.
Um seguiu Carlos, o agarrou e o levou até um o fundo da floresta. Lá, ele quebrou a perna de Carlos com um chute.
“Ah.. ahhhhhhh.”
Un quase entrou em êxtase quando Carlos gritou de dor. Depois de se deleitar com os gritos de Carlos, eld desativou a invisibilidade.
“Oi. Quanto tempo, n?o?”
“Seu filha da…”
Um quebrou a mandíbula de Carlos. Ele queria fazer isso a muito tempo, mas n?o o fazia porque n?o tinha o poder para tal, mas agora, ele quer esmagar o garoto em sua frente.
Depois de quebrar a mandíbula de Carlos, ele esmagou a cabe?a dele e o matou, já satisfeito. Depois disso, ele ativou a invisibilidade, saiu do local do crime e foi até correndo, passando da zona pobre e entrando na zona mais rica.
O objetivo de Un era claro; pegar o trem teleporte de Nier e ir até a academia real. O sonho da irm? dele sempre foi ser admitido em uma academia, e Ther n?o se contentaria apenas em adentrar na academia de Lótus; ele queria ser admitido na academia real. Apesar de n?o ter preparado nenhuma mala, todas as roupas de Un eram velhas e rasgadas, ent?o que diferen?a faz?! Além disso, estava no início do ano, por isso, as academias tendiam a fazer testes de admiss?o.
A prova escrita n?o irá ser nenhum desafio, pois com o tempo que ele havia passado com Lei, ele estudou muito na biblioteca do casar?o/laboratório e aprendeu muito. Além disso, n?o faz sentido que a for?a que Ther adquiriu ao sacrificar uma vida imortal n?o seja capaz de conseguir passar no teste da academia real.
Assim que alcan?ou a esta??o ferroviária, Un entrou em um trem que ia até a parte mais nobre da cidade. Gra?as a invisibilidade, ele n?o foi percebido.
O trem partiu. E Un se pegou absorto pela passagem afora, que agora, é muito mais bonita que outrora; diferente de antes, agora ele tem perspectiva de futuro, por isso, pode se permitir apreciar com mais aten??o o momento presente.
Passaram-se 5 minutos, é o trem finalmente chegou a esta??o que ficava perto da academia real. Ele chegou t?o rápido n?o pelo pais ser pequeno, porque n?o é; é enorme, mas sim porque o trem teleporte normalmente atinge velocidades de 200 km por hora. Por isso ele se chama trem teleporte; n?o porque ele podia se teleportar, mas sim porque ele era rápido… muito rápido!
Tal coisa em um mundo onde a internet mal existia só foi possível porque Nier era uma energia muito versátil, e permitia magnetizar o trem e os trilhos apenas com encantamento básico.
Un saiu do trem, correu e entrou na rua onde ficava acadêmia.
“Olá, meu consagrado, como fa?o o teste de admiss?o?”
“Meu Deus do céu!”
O porteiro, Iei ficou chocado com a aparência de Un; um garoto que havia despertado a forma espiritual estava vestido como um mendigo! E como se isso n?o bastasse, ainda falava de um jeito… como se fosse uma mistura do dialeto da periferia e da classe alta.
Todavia, Iei sentiu felicidade ao ver aquele garoto; ele também nasceu na periferia e conseguiu subir na hierarquia social com muito esfor?o, e claro, sorte. Ele sabia que existiam outros como ele, mas ver pessoalmente uma coisa t?o rara acontecendo é emocionante, principalmente porque ele viu a si mesmo quando era mais jovem quando olhou para o garoto.
“Garoto, qual o seu nome? E quantos anos tem?”
“Un, tenho 14. Ent?o, como fa?o o teste para admiss?o?”
“Só um instante.”
Iei pegou o telefone fixo que ficava ao seu lado.
“Charles, um garoto de 14 anos chamado Un quer fazer o teste de admiss?o. Ah, e ele já despertou a forma bestial. Você poderia levar ele para a sala de testes?”
“14 anos e já despertou a forma bestial?!”
“Sim…”
“Já estou indo!”
N?o demorou muito para que Charles aparecesse. Ele era um homem branco magro, mas musculoso, com orelhas de urso e bra?os de urso.
“Venha comigo, garoto. Normalmente, nos entraríamos por outro local, mas como você já está aqui, vamos simplesmente entrar.”
Após Ther come?ar a segui-lo, o corpo de Chales se tornou o de um humano normal. Un ficou maravilhosa do com aquilo.
“Como… você transita entre um humano normal e a forma espiritual bestial?”
“Depende da pessoa; alguns tem formas espirituais permanente, outros n?o.”
“Deve ser… ruim. Sabe, e se a pessoa tiver uma forma espiritual feia?”
“Hahahaha, garoto, o máximo que uma forma espiritual faz é adicionar algumas características físicas de animais, mas ela n?o transforma o corpo da pessoa em um animal com consciente; no máximo, a mistura de um bra?o de le?o com o de um humano, mas nunca um le?o humanoide completo.”
“Entendo.”
Depois dessa breve conversa, os dois permaneceram em silêncio. Ao chegarem no local de testagem, Charles abriu a boca novamente.
“Você tem sorte de ter esse talento, garoto. Somente 10% da popula??o consegue despertar a forma espiritual, e essas pessoas só despertam ela aos 20 anos. Realmente, um talento nato.”
“é…”
Un concordou exteriormente enquanto riu internamente; ele n?o teve sorte de nascer com talento; o sacrifício que ele teve que fazer para adquirir tal corpo foi de um valor inimaginável, tanto para ele, como em termos morais.
Ao chegar no local de teste, a atendente, Lúcia, fez com que Un colocasse a m?o em uma pedra de medi??o de Nier, e se chocou quando a pedra registrou o valor máximo.
“Caralho… tosse, perd?o. Enfim, você só precisará preencher alguns documentos extras, e será um estudante da academia.”
“Sim.”
“Aliás, suas roupas… eh…’
“Infelizmente só tenho essas.”
Assim que Un falou isso, um silêncio esmagador e mórbido se instalou no local. Era como se ele tivesse anunciado o apocalipse.
***
Capítulo 9: pós apocalipse.
Mario Moonlight Wings passou pelos corredores em um andar rápido, ansioso; ele fora noticiado de Un; nunca ouvira um caso semelhante onde um garoto de 14 anos despertou a forma espiritual.
‘Tenho que impedir que essa notícia se espalhe…’ ele pensou. Inevitavelmente, Un se destacaria na academia real, todavia, agora n?o era a hora; eles tinham que ocultar a notícia de que alguém do nível de Un entrou na academia agora, e ser o primeiro a se apossar dele.
Naturalmente, um talento raro como Un sofreria uma grande competi??o pelas corpora??es. Em Charlotte, a família imperial governa com poder absoluto apenas no título; outras famílias t?o poderosas quanto residem no reino; famílias cuja influência nem mesmo a família imperial de Wings poderia negar.
Para essas famílias, Un vale o mesmo que 500 homens, e se considerarmos o potencial de crescimento dele, é até mais que isso.
Mario entrou na sala do diretor.
“Temos que…”
“N?o há necessidade de nenhuma ordem. Já fiz o que eu podia.”
Mario instintivamente entendeu a frase; o diretor, Lio, já impediu que a notícia de Un se espalhasse. Agora, era só ele ir direto ao garoto e convidar-lo para seu… grupo. Mas antes disso, é sempre bom dar uma pesquisada.
“Poderia me dar um resumo da vida do garoto?”
“N?o importa a perspectiva, a história de vida dele é… peculiar.” Ele continuou “ele nasceu com síndrome de Shiro, mas de repente, mostrou ser capaz de utilizar Nier.”
“Ele estava fingindo?”
“Impossível; os exames detectariam.”
“Entendo.”
Após este breve diálogo,Mario saiu da sala; estava na hora de conhecer o garoto.
***
“Ent?o… por que me chamaram aqui?”
“Basicamente, você só precisa assinar o contrato.”
Un ficou confuso; logo após entrar em um quarto qualquer da academia, um homem apareceu de repente e o for?ou a ir até a diretoria.
“Un Yuki, vou explicar cuidadosamente a sua situa??o; você é um garoto que despertou a forma espiritual bestial com 14 anos; tal coisa é quase único no mundo; só existem 15 casos como o seu no mundo inteiro. Naturalmente, as famílias disputaram para ter posse de tal talento, e caso certas famílias n?o obtenham-lo, elas podem…”
“Eliminá-los para que outra família n?o fique com a vantagem que poderia ser deles.”
Mario sorriu.
“Exato! Claro, a família imperial jamais usaria tais métodos, ou seja, isso n?o é uma amea?a; nos só estamos oferecendo prote??o. Entende?”
“Com certeza absoluta.”
“ótimo.”
De fato, mesmo se Un recusasse a oferta, a família imperial n?o o mataria, todavia, Un n?o sabia disso, e mesmo que soubesse, ele n?o poderia dizer que a postura das outras famílias seria a mesma.
Gra?as ao Nier, existem pessoas que conseguem lutar contra 100 pessoas de uma vez e sair ilesas. Em um mundo assim, onde uma pessoa vale por centenas, é natural que se elimine futuros inimigos.
Pessoas com o talento de Un eram potencialmente perigosas; n?o apenas por seu crescimento, mas também pelo caos que a competi??o que se instalava após tais talentos serem descobertos.
Além do mais, o proprio Un sozinho possui uma natureza perigosa; alguém capaz de sacrificar uma espécie de inteira para salvar a própria vida já atingiu o ápice do egoísmo.
***